terça-feira, 5 de junho de 2012

Todo apoio às lutas e greves do funcionalismo público federal!


Hoje, estamos nas ruas de Brasília para expressar nosso apoio e nosso engajamento na luta dos servidores públicos federais em defesa de seus direitos e por condições dignas de trabalho. Essa experiência está demonstrando a capacidade de luta dos servidores e a intransigência do governo Dilma com as reivindicações dos trabalhadores e trabalhadoras.

Desde 2010, o governo e o empresariado brasileiro incitam a população brasileira a comemorar um crescimento econômico que infelizmente não tem significado um enriquecimento proporcional a todas
as classes sociais de nosso país. Além disso, essa “festa” apresenta o Brasil como um país imune à crise econômica internacional.

Entretanto, o principal argumento da equipe do governo responsável pelas negociações com as entidades representantes do funcionalismo público é de que o Brasil precisa cortar gastos, para se preparar para situações mais adversas economicamente.

Queremos contestar, no entanto, porque esse corte de gastos deve se manifestar nas áreas sociais e não nos enormes lucros dos banqueiros que arrecadaram quase metade do orçamento brasileiro diante do pagamento dos juros da dívida pública.

Essa prioridade demonstra que o governo Dilma vem repetindo o mesmo ideário neoliberal de priorizar os banqueiros e empresários e deixar de lado a saúde, educação, emprego, salários e direitos da classe trabalhadora.

As mulheres trabalhadoras são sempre as mais prejudicadas
As mulheres já são 46% da classe trabalhadora brasileira. No setor da administração pública, as mulheres já são maioria (56,5%). Assim, quando a categoria é atacada, a maior parte que sofre com isso são mulheres.

O governo deve garantir 6 meses de licença maternidade, para fortalecer a batalha por 1 ano 
Hoje, a servidora tem direito a 6 meses de licença, mas os dois últimos são opcionais. Nós defendemos que os 6 meses sejam de responsabilidade do Estado. Em muitos casos, as servidoras são pressionadas pelos chefes para cumprirem apenas os 4 meses, pois relacionam essa necessidade a demanda de trabalho.

Ampliar o auxílio creche e avançar para garantia de creches nos locais de trabalho
Defendemos a concessão e ampliação do auxílio-creche, e ao mesmo tempo a garantia de creches públicas de qualidade para todos os filhos e filhas da classe trabalhadora. Também achamos importante que se avance para a garantia de creches nos locais de trabalho, no caso dos servidores públicos, garantia de creches públicas próximas aos locais de trabalho e que tenham qualidade, pois esse é também um direito da criança.

Todo apoio à greve das Universidades Federais!
A Educação pública precisa de 10% do PIB!
A greve das Universidades Federais coloca em cheque o projeto de Educação do governo. Desde a reivindicação salarial dos professores, passando sobretudo pelas condições de estudo e trabalho, o que se evidencia são as conseqüências de um projeto de expansão descomprometido com a garantia de verbas públicas.

As verbas já eram insuficientes no Decreto do Reuni de 2007, assim se mantiveram quando as metas do Reuni foram incorporadas pelo Plano Nacional de Educação e em 2011 e 2012, o corte nas áreas sociais atingiu em cheio a Educação. Na campanha salarial dos docentes no ano passado, o acordo assinado pelo governo sobre o regime de dedicação exclusiva e sobre a progressão da carreira docente não foi cumprido. 

Na realidade da carreira docente, a não valorização do regime de dedicação exclusiva e a maior dificuldade de progressão na carreira docente tem significado um aumento absurdo da jornada, pois os professores ampliam suas horas/aula para compensar a desvalorização do exercício da pesquisa. As mulheres professoras que acumulam várias jornadas são as mais prejudicadas com isso.

Para as estudantes, a assistência estudantil fica comprometida e a possibilidade de as estudantes mães serem atendidas por creches nas universidades fica muito difícil. O corte na educação compromete também o avanço da Educação Infantil. A falta desse serviço é um dos principais motivos de as mulheres trabalhadoras brasileiras não conseguirem emprego, ou não conseguirem se manter nele.


Servidora em luta:
Venha construir o Movimento
Mulheres em Luta!
Somos um Movimento de Mulheres classista e feminista. Lutamos pelo fim da opressão às Mulheres e acreditamos que isso só é possível através da organização com o conjunto da classe trabalhadora. Acreditamos que a luta contra o machismo não pode estar separada da luta contra o capitalismo, sistema que explora e oprime as mulheres trabalhadoras.

Somos um Movimento de Mulheres filiado à CSP Conlutas, Central Sindical e Popular que organiza o movimento sindical, popular, estudantil e de luta contra as opressões. A construção da CSP Conlutas permite que a luta contra o machismo e a exploração esteja mais forte, pois a unidade entre a juventude e a classe trabalhadora e entre homens e mulheres trabalhadores é o que achamos determinante para a luta.

Confira o panfleto do MML:






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