quarta-feira, 7 de agosto de 2013

MML RS realiza sua plenária e se organiza para o 1º Encontro Nacional

A nossa luta é feminista e de classe: rumo ao 1º Encontro Nacional do MML!

Na último sábado, dia 3 de agosto, mais de cinquenta pessoas se encontraram na Plenária do Movimento Mulheres em Luta em Porto Alegre. Em uma tarde que prometia muito frio e chuva, o sol acabou por abrir e aquecer as bravas mulheres que optaram por se colocar em movimento na luta contra o machismo e a exploração na cidade, a creche organizada pelo movimento foi fundamental para que companheiras pudessem estar na atividade em tranquilidade enquanto seus filhos brincavam.

Foram professoras, carteiras, estudantes, trabalhadoras da saúde, do judiciário e do processamento de dados, mulheres donas de casa e desempregadas, que se fizeram presentes na organização do MML no Rio Grande do Sul. Durante a tarde foram discutidos temas como a concepção de movimento feminista, preparação para o dia 30 de agosto e organização da delegação para o 1º Encontro Nacional do Movimento Mulheres em Luta.

A violência contra as mulheres  foi uma realidade retratada nas falas de grande parte das presentes na plenária,a crítica a falta de investimento do governo Dilma a Lei Maria da Penha, que segundo a trabalhadora da saúde municipal Fabiana Saguiné  acaba por  torná-la quando muito de caráter punitivo para parte da classe trabalhadora somente e só ocorrendo após óbito da vítima. 


A presença feminina nas grandes mobilizações de junho, conforme Carine Lemos (representante da ANEL da cidade de Gravataí) "as mulheres chegaram a ser a maioria em muitas manifestações que vivemos no último período no Brasil, a luta das mulheres faz ecoar a nível mundial quando são parte importante do processo revolucionário que existe hoje na Síria e no Egito."

Na juventude, Tamires Lemos,membro do DCE da UFRGS,  lembrou que a escassa assistência estudantil oferecida pela universidade atinge com mais força as estudantes mães e trabalhadoras que são impossibilitadas de seguir seus estudos pois não há creche universitária para filhos de estudantes e tão pouco é possível pagar uma com o auxílio de 90,00 oferecido. 

Ao final da tarde de debates e troca de experiências, as mulheres presentes reafirmaram sua intenção de construir o Movimento Mulheres em Luta em cada categoria para que as pautas das mulheres sejam as pautas do conjunto dos trabalhadores na próxima grande greve do dia 30 de agosto mas também nas campanhas salariais que se aproximam. Uma expressiva delegação começa a se organizar para estar presente nos dia 4, 5 e 6 de Outubro em Minas Gerais para fazer avançar o MML, e no dia 31 de Agosto aponta-se um Encontro Estadual. Afinal, lugar de mulheres é na luta!

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Chega da violência contra as mulheres!

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