Carta enviada para as mulheres de Caacupemí no Paraguai.
O Movimento Mulheres em luta é uma entidade brasileira que visa organizar as mulheres trabalhadoras e da juventude para lutar contra a ideologia machista, seus efeitos práticos que significam desigualdades de tratamento e oportunidades para as mulheres nesta sociedade e também pela superação do capitalismo enquanto forma de organização social, já que entendemos que esse sistema se beneficia de nossa opressão e por isso não tem interesse de encerrá-la.
O Movimento Mulheres em luta é uma entidade brasileira que visa organizar as mulheres trabalhadoras e da juventude para lutar contra a ideologia machista, seus efeitos práticos que significam desigualdades de tratamento e oportunidades para as mulheres nesta sociedade e também pela superação do capitalismo enquanto forma de organização social, já que entendemos que esse sistema se beneficia de nossa opressão e por isso não tem interesse de encerrá-la.
No início de Março uma
ativista do MML esteve no Paraguai e acompanhou um pouco da luta que
vocês, esposas dos trabalhadores portuários em greve, protagonizaram
junto com os seus companheiros pelo direito de lutar e em defesa do
emprego.
Nós queremos, através dessa carta, mais uma vez
apresentar nossa solidariedade a esta luta e saudar a iniciativa que
vocês tiveram ao se juntarem aos trabalhadores portuários. Pois, mesmo
não sendo da categoria, não há dúvida de que vocês também são
diretamente afetadas pela política de demissão da empresa e pela
política de criminalização do movimento pelo governo de Horácio Cartes.
A realidade que vivemos no Brasil é bastante semelhante. O
Governo Dilma/PT iniciou o ano com fortes ataques aos direitos
trabalhistas e diversas empresas vêm demitindo centenas de
trabalhadores. A classe está respondendo com greves e mobilizações e as
mulheres dos trabalhadores também estão sendo parte decisiva do
movimento.
Na greve dos caminhoneiros e dos operários do
COMPERJ (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro) as companheiras dos
grevistas e seus filhos se juntaram as manifestações. No estado do
Paraná, onde aconteceu uma forte greve do setor da educação, os
policiais estavam sendo punidos porque não queriam reprimir o movimento,
então suas esposas se juntaram aos trabalhadores em greve para
demonstrar o apoio que os esposos estavam proibidos de fazer. Tal apoio é
fundamental para a vitória do conjunto dos trabalhadores, homens e
mulheres.
Por isso, a luta que vocês realizam aí, é parte também
das lutas que realizamos aqui. Nesse sentido, declaramos
todo o apoio à
greve dos trabalhadores portuários e a participação das mulheres nessa
luta.
Pela liberdade dos 11 trabalhadores portuários presos!
Pela readmissão dos 200 trabalhadores portuários demitidos!
Viva a organização e a luta das mulheres, esposas dos trabalhadores portuários!
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